Última alteração: 2021-01-05
Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre o termo resiliência urbana, frente ao seu desgaste, bem como os limites da sua aplicabilidade em situações de ‘catastrofes’ das ocupações humanas. A imprevisibilidade de algumas ocorrências naturais e antrópicas acompanhada de uma violência, representa uma espécie de lacuna na possibilidade de interpretação técnica do território. A noção de resiliência, a exemplo da ‘sustentabilidade’, parece enfraquecida diante do que se requer, enquanto construção de sentido para o urbanismo e para a formulação de ações de reversibilidade. São apontados alguns marcos da experiência internacional, confrontando-se ao rompimento da Barragem da Samarco na cidade de Mariana em 2015, por meio da análise do EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o TTAC (Termo Transitório de Ajustamento de Conduta), balizadores das medidas, ora em andamento, de recuperação e compensação às comunidades atingidas.