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A "boa-vida" do modernismo na arquitetura brasileira (1940-1960)
Última alteração: 2020-08-18
Resumo
Nos trabalhos que compõem esta sessão investigam-se novas perspectivas de entendimento do “sucesso” do moderno no caso brasileiro por um caminho que supõe transpor as fronteiras do campo profissional e disciplinar e seus canais de publicização usuais, com atenção amiúde restrita a especialistas e iniciados em matéria de arquitetura, para reconhecer o funcionamento de estratégias de consumo e formação de gosto dirigidas ao público em geral, e seus efeitos, na incipiente sociedade de consumo que se configura com mais clareza no país a partir dos anos 1950. O que se explora é a conversão do moderno em valor simbólico e cultural, e sua captura em práticas voltadas à persuasão das camadas médias, especialmente, no interior de uma realidade de expansão da sociedade de consumo, ciosas em participar e compartilhar dos valores e imagens associados à ideia de modernidade, na aquisição de bens materiais e na forma de viver e morar no qual a arquitetura moderna brasileira, massivamente divulgada e celebrada, dentro e fora do país[1], tornara-se uma referência fundamental.
[1] MELLO, João Manuel Cardoso de, e NOVAIS, Fernando A. “Capitalismo tardio e sociabilidade moderna” in SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 559-659.
Palavras-chave
Arquitetura moderna; consumo; mídia; domesticidade
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