A partir das determinações régias, é possível identificar a criação e utilização, pontual ou sistemática, de instrumentos urbanísticos de forma a intervir e regulamentar os processos e a produção do espaço urbano carioca do início do século XIX, ainda que não seja possível convencioná-los como política urbana. Necessários para a transformação da cidade na capital do império ultramarino português, o presente trabalho propôs a leitura da cidade neste período a partir desta categoria, a dos instrumentos urbanísticos, buscando sistematiza-los, bem como refletiu sua implantação a partir da perspectiva da distinção social apresentada por Pierre Bourdieu, concluindo que as ações empreendidas criaram um universo plural que contribuiu para o enraizamento de seu status de cidade-capital.