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O presente artigo busca investigar as interações existentes entre expressividade arquitetônica e materialidade, analisando a utilização do concreto armado aparente nos estádios de futebol construídos na década de 1970 na Paraíba, tomando como estudo de caso o Estádio Ernani Sátyro, mais conhecido como "Amigão", e o Estádio José Américo de Almeida Filho, popularmente chamado de “Almeidão”, projetados pelo arquiteto mineiro Raul de Lagos Cirne. Durante a década de 1970, através do Plano Nacional de Integração, uma política pública voltada para o futebol como hegemonia política, investiu na construção de estádios por todo o território nacional e os estádios “O Amigão” e “O Almeidão”, inaugurados em 1975 na Paraíba, fizeram parte desta política. A materialidade do concreto armado foi adotada nesses dois estádios, em soluções arquitetônicas similares que tiram partido da estrutura para conceber a forma moderna. A análise revelou uma prática projetual moderna caracterizada por um novo modo de expressão arquitetônica, associada ao emprego do concreto aparente, reflexo de um período de mudanças culturais e sociais que se refletiam no mercado da construção civil.

expressividade; concreto armado; arquitetura moderna; arquitetura esportiva; estádios de futebol.