Última alteração: 2020-08-28
Resumo
O artigo traz um comentário acerca do projeto das rampas do Outeiro da Glória, desenhado por Lucio Costa nos anos 1960, em colaboração com Emilio Gianeli. Agenciando caminhamentos, em suas palavras, Costa cumpre a tarefa de promover, em sentido ascensional, acesso a igreja desde o nível no mar. A análise é elaborada na chave da tensão entre a arquitetura e o sítio, permeada pela categoria do “chão”. O trabalho retoma as condições que estabilizaram a arquitetura em sua tradição ocidental, procurando ler no trabalho de Costa - e outras obras correlacionadas - certo desvio e confrontação com suas bases. Escava, por fim, o contexto histórico da sua construção e sugere alguns apontamentos para o presente da arquitetura através da obra debatida.