Última alteração: 2020-08-15
Resumo
O presente artigo tem por objetivo discutir a representação de arquitetura enquanto tecnologia. Partindo dos pressupostos de que o saber tecnocrático é um tipo de código, de domínio dos arquitetos, e de que as representações são ferramentas operativas desse saber, discutimos seus graus de emancipação em face às relações sociais de dominação. Especulamos tais propriedades em diferentes usos das representações, com base em três possibilidades, denominadas: tecnologia formal adaptada, decodificação acrítica e interface. Analisamos tais possibilidades a partir da noção de rede tecnológica heterogênea, buscando levantar os agentes e fatores que interagem em diferentes estágios de sua composição. Damos ênfase na investigação das potencialidades de suas apropriações por grupos sócio-espaciais envolvidos em atividades construtivas, tendo como horizonte sua emancipação e autonomia. Finalizamos com a proposta de um experimento de uso de interfaces numa disciplina de projetos de um curso de graduação em arquitetura e urbanismo.