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Esse artigo propõe uma crítica ao formalismo e à prescrição do projeto como limitadores do desenvolvimento criativo e vislumbra a produção de interfaces (e não de espaços acabados) como possível prática arquitetônica capaz de impactar criativamente o modo de produção do espaço. Tal prática questiona a representação como paradigma e aponta para a lógica da diferença, capaz de incorporar conhecimento local ao conhecimento técnico. Isso acontece quando o arquiteto, em vez de prescrever a forma final dos espaços, passa a produzir interfaces com as quais os diretamente interessados na produção do espaço articulam suas próprias demandas. O artigo apresenta uma proposta de desenvolvimento criativo com interfaces, levada a cabo numa disciplina de projeto na Escola de Arquitetura da UFMG, propondo uma estrutura para que diferentes grupos organizem diferentes articulações espaciais a partir de suas especificidades locais.

desenvolvimento criativo; interfaces; projeto; formalismo; prescrição; modo de produção; representação; diferença