Portal de Conferências da UnB, I MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS PROMOTORAS DE SAÚDE

Tamanho da fonte: 
A educação informal como promotora da saúde em espaços de educação formal: estudo de caso da Universidade de Brasília
Maíra Rocha Santos

Última alteração: 2018-04-21

Resumo


A partir dos marcos regulatórios das esferas educativas e programas nacionais e internacionais de políticas públicas de saúde, firmou-se a Universidade como espaço promotor da saúde, pautando-se nos princípios de que ela dever oferecer uma educação de qualidade na formação integral de cidadãos para a melhoria da vida em sociedade. Entretanto, nesse ambiente são constituídas relações que ultrapassam a gênese de sua missão. Assim, este trabalho pretendeu extrapolar a ideia da Universidade como entidade disseminadora de conteúdos formais para a educação do jovem, mas também, como espaço para educação informal de promoção da saúde. Por meio de Revisão Bibliográfica e da análise de documentos construídos pelos alunos acerca das iniciativas de promoção de saúde da Universidade de Brasília - UnB, elaborou-se um modelo teórico que representou as possibilidades de influência entre os sujeitos nesse espaço de educação formal para o desenvolvimento da educação informal sobre iniciativas de promoção de saúde no âmbito da Universidade. Como resultados têm-se que o processo de educação informal se dá a partir do convívio dos sujeitos, proporcionado sobretudo pelos espaços físicos que a Universidade oferece e, também, pelos reflexos da educação formal ao qual estão expostos. Contudo, essas interações livres e não formalizadas entre os estudantes, que também promovem a qualidade de vida, não são reconhecidas por eles como ações de promoção da saúde, justamente por não estarem associadas às iniciativas de educação formais oferecidas pela UnB. Desse modo, os estudantes em geral não associam grupos de danças, religiosos, encontros para debates livres ou grupos de corridas como iniciativas de promoção da saúde, na Universidade, devido justamente ao seu caráter informal. Logo, nota-se que a Universidade cumpre não só o seu papel de educação formal na perspectiva de promoção da saúde, mas também oportuniza a interação dos sujeitos para o desenvolvimento desta por meio dos reflexos da educação informal.


Referências


AERTS, Denise Rangel Ganzo de Castro et al. Promoção de saúde: a convergência entre as propostas da vigilância da saúde e da escola cidadã. Cadernos de saúde pública= Reports in public health. Rio de Janeiro. Vol. 20, n. 4 (jul./ago. 2004), p. 1020-1028, 2004.

CASCAIS, Maria das Graças Alves; TERÁN, Augusto Fachín. Educação formal, informal e não formal na educação em ciências. Ciência em Tela. Rio de Janeiro, v. 7, p. 1-10, 2014.

CASTIEL, Luis David. Promoção de saúde e a sensibilidade epistemológica da categoria'comunidade'. Revista de Saúde Pública, v. 38, p. 615-622, 2004.

CANDEIAS, Nelly Martins Ferreira. Conceitos de educação e de promoção em saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Revista de Saúde Pública, v. 31, p. 209-213, 1997.

DIAS MACIEL, Marjorie Ester. Educação em saúde: conceitos e propósitos. Cogitare Enfermagem, v. 14, n. 4, 2009.

NOGUEIRA-MARTINS, Maria Cezira Fantini; BÓGUS, Cláudia Maria. Considerações sobre a metodologia qualitativa como recurso para o estudo das ações de humanização em saúde. Saúde e sociedade, v. 13, p. 44-57, 2004.

RODRIGUES, Ana V. et al. Práticas integradas de educação formal e não-formal de ciências nos cursos de formação inicial de professores. Experiências de inovação didática no ensino superior, p. 129-148, 2015.

SANTOS, Jair Lício Ferreira; WESTPHAL, Marcia Faria. Práticas emergentes de um novo paradigma de saúde: o papel da universidade. Estudos avançados, v. 13, n. 35, p. 71-88, 1999.

VASCONCELOS, Eymard Mourão. Educação popular: de uma prática alternativa a uma estratégia de gestão participativa das políticas de saúde. Physis: revista de saúde coletiva, v. 14, p. 67-83, 2004.