Apresentação: A rotina dos profissionais de saúde, em especial os de enfermagem, é caracterizada pelo convívio com sentimentos estressores, impactando diretamente na qualidade de vida e saúde desses. Longas jornadas de trabalho, precarização dos serviços e o convívio com os próprios dilemas subjetivos afetam cada trabalhador e contribuem para o processo de adoecimento nas diferentes áreas do ser e do viver humano. Refletir sobre como o cuidador cuida de si mesmo faz-se necessário, dado a tendência dos profissionais de saúde desenvolverem ações de cuidado para o outro esquecendo de cuidar de si próprio.  Objetivos: Instigar a reflexão acerca da promoção do próprio cuidado no cotidiano de profissionais de saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, onde foi realizado levantamento de informações através de análise crítica de livros, artigos publicados em revistas científicas e eletrônicas como Medline (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online). Resultados e Discussão: Percebe-se o valor atribuído ao autocuidado quando autores apontam que para cuidar do outro é necessário a capacidade de cuidar primeiro de si como indivíduo, caso contrário o cuidado prestado não seria ideal. Souza e Radünz apontam que “ [...] o grau com que somos cuidados determinará o grau com que nós seremos capazes de cuidar [...] quanto mais eu procurar perceber a mim mesmo tanto mais perceberei ao outro [...]”. Conclusão: É preciso estimular o autoconhecimento e autocuidado dos cuidadores, no sentido de contribuir para uma relação mais saudável consigo mesmo, promovendo “ [...] um olhar para enxergar o outro e a si próprio, o ouvir para escutar o outro e a si próprio, o observar percebendo o outro e a si próprio, o cuidar cuidando do outro e a si próprio.”.