Portal de Conferências da UnB, Encontro do Grupo MODOS: HISTÓRIAS DA ARTE EM MUSEUS

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MUSEU COMO METÁFORA: NARRATIVAS ERRANTES SOBRE O IMAGINÁRIO
Luisa Günther

Última alteração: 2018-06-10

Resumo


A cada momento, um pouco de tudo aquilo que existe se esvai. Mesmo que esta afirmação não seja absolutamente correta, supor que seja uma assertiva verdadeira pode engendrar ansiedades, expiações ou demandas; pode motivar um comportamento compulsivo, um inventário, uma coleção; pode incitar estimas sobre identidade, patrimônio, conservação. Independente do desfecho, aquilo que se esvai também pode favorecer uma reflexão sobre o contrário: o que permanece e como? Assim, aquilo que se mantém instaura um acervo heterogêneo que impacta a narrativa diacrônica daquilo que é e existe. Para além de um mero devaneio, estas palavras implicam a prática museológica como um espaço de constituição de histórias, de seleções e de arquivamentos. Em cada uma destas instâncias, o museu agencia historiografias sobre o próprio histórico: desde as práticas do artístico; os procedimentos de curadoria; as estratégias de constituição de um acervo; os motivos de conservação; até a celebração de legados culturais e chancelas institucionais para bens simbólicos. Neste sentido, esta comunicação tem por interesse apresentar o museu como uma metáfora ampliada tanto para as práticas experimentais do artístico (o museu é a rua, cf. Hélio Oiticica); quanto, para as práticas de pesquisa, configurando métodos e teorias em História da Arte, como a Iconografia de Aby Warburg e o Imaginário em André Malraux. Esta perspectiva tem ainda o intuito de propor um dialogismo entre estas práticas que se aludem mutuamente em circularidades ocasionais que nem sempre são concêntricas.


Palavras-chave


Processo; Espaço; duplaPLU.

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