Última alteração: 2019-11-21
Resumo
Introdução: A lesão renal aguda é recorrente em pacientes no contexto de terapia intensiva, sua rápida progressão tem apontado à importância de um diagnóstico precoce e a compreensão de fatores que agravam esse quadro e pioram o prognóstico. Objetivo: Compreender se existe relação entre o emprego da ventilação mecânica com variações de pressão positiva expiratória final e o aparecimento de lesão renal aguda em pacientes críticos da terapia intensiva. Métodos: Coorte histórica desenvolvida em uma Unidade de Terapia Intensiva clínica e cirúrgica de adultos, realizada consulta de 387 prontuários, constituiu-se de 52 pacientes, de um hospital da rede pública de nível secundário do Distrito Federal. Resultados: Em média 75 % dos pacientes permaneceram mais de 12 dias em suporte ventilatório. Valores elevados de PEEP (15,67±2,08cm/H2O) foram identificados no grupo de não sobreviventes, assim como a necessidade de noradrenalina (p=0,041) e baixos valores de hemoglobina (p=0,032). Os pacientes que estavam com maior oferta de PEEP passaram mais tempo em uso de ventilação mecânica. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a aplicação da ventilação mecânica com variações da pressão positiva expiratória final (PEEP) em pacientes críticos internados na UTI pode contribuir para prejuízo da função renal.
Descritores: Lesão renal aguda; Respiração; Artificial; Assistência ao paciente; Respiração com pressão positiva