O Projeto Rondon é um projeto interministerial, coordenado pelo Ministério da Defesa (MD), que tem como objetivo a formação de multiplicadores em comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e contribuir para o crescimento dos universitários despertando a cidadania. Objetivo: Relatar a experiência e os sentimentos do trabalho desenvolvido com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na Operação Rondônia Cinquentenário em comunidades ribeirinhas do baixo madeira. Materiais e métodos: Após a Universidade de Passo Fundo (UPF) ser selecionada por edital nacional, os estudantes da universidade foram selecionados através do edital interno da IES e passaram por treinamento de dois meses para desenvolver as atividades que constavam no projeto aprovado pelo MD. O descolamento dos rondonistas foi via rio com embarcação da Marinha do Brasil para as comunidades de Calama, Demarcação, Nazaré e São Carlos, no período de 10 a 20 de julho de 2017, permanecendo de dois a quatro dias conforme a comunidade. A adesão dos ACS deu-se de forma voluntária e através do convite dos rondonistas. As atividades foram realizadas na própria unidade de saúde, desmembrada em oficinas de quatro horas perfazendo um total de trinta horas, para quem estivesse presente em dois turnos por quatro dias. Foram utilizados recursos audiovisuais, roda de conversas, dinâmicas integrativas e visitas domiciliares para o acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. As atividades foram desenvolvidas pelos rondonistas dos cursos de enfermagem, farmácia e odontologia com temas variados referentes à promoção e prevenção da saúde que interatuávamos no processo de aprender-ensinar-aprender, principalmente deixando a emoção fluir e conduzir as atividades de forma que as relações interpessoais foram permeando o ambiente. Resultados: Foram capacitados vinte e nove ACS nas quatro comunidades ribeirinhas, sendo que seis agentes foram certificados com 30 horas de curso. Fomos com uma bagagem de sentimentos, emoções e certezas, voltamos com dúvidas, aprendizado e experiência. Não pretendemos mudar o mundo dos ribeirinhas, mas mudamos o nosso mundo. Hoje somos mais conscientes e sensíveis a realidade de saúde daquela parcela de rondonienses que junto a nós participaram da vivência do Projeto Rondon. Conclusão: Acreditamos que estes profissionais atendidos possuem o compromisso de contribuir para a prevenção e promoção da saúde e são reconhecidos e valorizados pelo seu trabalho na comunidade. Com esta atividade também tivemos a sensação de dever cumprido, por termos conseguido trabalhar assuntos que demonstraram empenho e dedicação dos profissionais para atenderem de forma mais humana as necessidades da população.