Portal de Conferências da UnB, III Congresso Nacional do Projeto Rondon

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Comunicação em saúde: A importância da quebra de paradigmas para uma abordagem interétnica sobre sexualidade na cultura indígena.
Ébano Sturm Fernandes, Claudia Bica, Gabriela Machado Gonçalves, Belcris Brochier Mazzitelli, Artur Camargo Diniz, Mariana Do Nascimento Lopes, Marta Santin, Jeisson Da Silva Borges, Izabella Rodrigues Rosa, Natália Machado Nunes, Mara Rubia Andrade Alves Lima

Última alteração: 2017-09-27

Resumo


Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) 1

 

Introdução

A prevenção às DST’s, HIV e Aids, é um tema de alta relevância no que se refere a saúde indígena.

Diversos documentos emitidos pelo Ministério da Saúde reiteram a necessidade de abordar tais assuntos em comunidades indígenas. Porém, a diferença étnico-cultural é um dos principais problemas na eficácia de intervenções e oficinas em aldeias.
Fazem-se relevantes então, maneiras diferenciadas de abordagem para o bom resultado da conscientização à saúde indígena.

 

Objetivos

Conscientizar jovens e adolescentes indígenas sobre a importância na prevenção às DST’s, e abordar questões de sexualidade através de uma linguagem casual visando quebra de paradigmas para maior fixação e debate do conteúdo.

 

Metodologia

Foram realizadas duas oficinas que abordaram os temas: “Prevenção de DST’s” e “Sexualidade” e atingiram 105 jovens e adolescentes indígenas, das aldeias “Laje Velho” e “Tanajura” no município de Guajará-Mirim (RO) através do Projeto Rondon – Operação Cinquentenário. As ações realizadas foram de metodologia ativa e teórico-prática.

De início distribuiu-se folhas para desenho e escrita das palavras mais usadas pelos jovens (tanto na língua portuguesa quanto na língua materna) quando se referiam ao “ato sexual”, “órgão genital masculino” e “órgão genital feminino”, com discussão casual dos nomes depois; Na sequencia foi apresentada uma palestra sobre Sexualidade e DST’s, com uma demonstração prática do uso do preservativo, através de borracha; A finalização da oficina foi feita com perguntas anônimas escritas em papel, que foram posteriormente respondidas pelos palestrantes.

 

Resultados e Conclusões

Com a realização dessa oficina, foi possível notar uma importância significativa de se conhecer a cultura à que se refere, e de aproximar (mesmo que de origens diferentes) a linguagem do palestrante a do ouvinte, para maior entendimento e aprendizagem de temas já fundamentados em antigos paradigmas.

Ficou evidente que a discussão casual torna o aprendizado dos jovens mais efetivo, participativo, e descontraído.


Palavras-chave


saúde indígena; projeto rondon; comunicação em saúde.

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