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AUTOEXPERIMENTAÇÕES NA ELABORAÇÃO DE HOMEOFÁRMACOS DINÂMICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
ANTONIO CARLOS GONÇALVES DA CRUZ, Rodrigo Leonardo Goulart Gonçalves, Juliana Lage de Araújo, Geraldo César Marques Costa, MONICA BEIER

Última alteração: 2021-07-07

Resumo


Introdução: Uma autoexperimentação na saúde particular da influência medicamentosa simples consiste em disponibilização do próprio psiquismo para conhecimento suficiente do poder de curar alterações dinâmicas da saúde que qualquer substância tem. Esse poder dinâmico é o mesmo, seja para alterar agudamente a saúde do experimentador e, então, produzir uma enfermidade artificial, seja para curar enfermidade natural aguda ou crônica, segundo o Princípio de Semelhança. De acordo com ele, naquilo em que algo tem sua origem, ali tem também o seu fim. Assim, o semelhante mais forte aniquila da sensação da Força Vital o semelhante mais fraco. O semelhante mais forte se equipara ao poder medicamentoso artificial. A doença natural e dinâmica a ser curada traduz o semelhante mais fraco. Aquele tem poder de afetar todas as pessoas e estas acometem uma parcela menor de sujeitos. Para reconhecer, concordantemente com a Similitude, recomenda-se que se experimente na saúde para obter-se antecipado saber suficiente do poder farmacodinâmico. Objetivos: Objetivando contribuir para o revigoramento da cultura de autoexperimentação de substâncias simples na própria saúde para a produção de conhecimento suficiente do símile relatamos nossas vivências com autoexperimentações homeopáticas. Descrição metodológica: De maneira voluntária, disponibilizamos nosso próprio psiquismo de vigília e de sono, incluindo observações de circunstância, com suspensão de juízo, para constituir registro escrito ao longo de três dias, em favor da substância escolhida e preparada na trigésima centesimal hahnemanniana, olfacionada suavemente uma vez. Depois de elaborado, nosso registro individual é avaliado para que nele se constate eventual padrão de sensopercepção. Assim, elaboramos uma matéria médica primária. Dentro de um mês, nos reunimos com outros voluntários da mesma prova, em média quinze pessoas moderadas, sensíveis fraternas e amantes da verdade, como em roda de conversas, para composição de uma matéria médica secundária. Nessa etapa, os registros primários reconhecem semelhanças entre si e se complementam, como se os demais discursos disponibilizados se refletissem uns nos outros, como se os diversos provandos atualizassem um mesmo e suposto provando genérico. Destarte, os discursos particulares especificam um mesmo gênero substancial. A repetição do padrão de semelhança observado nas instâncias primária e secundária da matéria médica se abre, agora em domínio terciário, à associação com registros experimentais eventualmente já publicados e para a inclusão de discursos representativos de saúde alterada em vivências terapêuticas. Esse nível terciário também se amplia por reexperimentação da mesma influência em outro tempo, com o mesmo grupo ou não. Resultados: Os estágios primário e secundário garantem certeza suficiente para desempenhos terapêuticos Profissionais. Essa forma de conhecer o suficiente para se assimilar conforme lei natural, mediante disponibilização do próprio modo de pensar e de sentir, faculta autoconhecimento, reforço da vitalidade e aperfeiçoamento da capacidade de observação, indispensável ao desempenho terapêutico. Considerações: A autoexperimentação pura na saúde produz recursos dinâmicos homeopáticos que, ao tempo em que capacita para o processo de reconhecimento terapêutico, também inclui o próprio terapeuta na dinâmica do cuidado, em atividade participativa de custo desprezível, mas que muito contribui para a igualdação na vida.


Palavras-chave


Homeopatia; Lei dos semelhantes; Promoção da saúde