Tamanho da fonte:
MOVIMENTO POPULAR DE SAÚDE: VIVÊNCIAS COLETIVAS QUE PRODUZEM CUIDADO NA VIRTUALIDADE
Última alteração: 2021-07-08
Resumo
Introdução: O Movimento Popular de Saúde (MOPS), junto à Articulação Nacional de Movimentos e Práticas em Saúde do Rio Grande do Sul (ANEPS/RS) e ao GT Educação Popular e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com outras instituições e serviços de saúde, desenvolveu ações de cuidado em saúde e Práticas Integrativas, Populares, Ancestrais e Complementares em Saúde, como Reiki a distância, meditação guiada, rezas, dançaterapia, orientações sobre o uso de plantas medicinais e alimentos saudáveis, dentre outras iniciativas coletivas de cuidado, de forma online, com o uso de ferramentas virtuais, com grupos específicos junto à atenção básica e/ou comunidades, ou vinculados a movimentos populares, comunitários e de mulheres. Também realizou atividades formativas e de Comunicação Popular em Saúde, por meio de materiais educativos e de Promoção de Saúde, envolvendo lideranças sociais e populares, com estudantes de Medicina, residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde na Atenção Básica da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), profissionais, educadores e conselheiros de saúde para a proteção em saúde da população. Objetivo: Relatar a experiência do MOPS e da ANEPS/RS com atividades de cuidado em saúde, de forma virtual, durante a pandemia da COVID-19. Descrição metodológica: Relato de experiência. Resultados: Os cuidados populares, ancestrais e as práticas complementares constituem recursos terapêuticos que proporcionam um cuidado integral do ser humano. A pandemia da Covid-19 desencadeou diversos processos de adoecimento, onde os cuidados, a partir dos movimentos populares, foram utilizados como uma ferramenta de produção de vida em coletividade e auxílio na mitigação do sofrimento, diante de tantas intempéries vivenciadas nas diversas dimensões do ser humano, bem como nos âmbitos sanitário, social, econômico e ambiental. Salienta-se, ainda, que embora as atividades online não substituam a afetividade, a beleza e a potência do encontro presencial, propiciado pelo olhar, toque, corpos e energias presentes, a virtualidade propiciou momentos significativos de vivências coletivas que reverberaram em potência de vida. Dessa maneira, os encontros, possibilitaram a realização dos encontros, mesmo que online, produziram novas formas de presencialidade e possibilitaram espaços de cuidado compartilhado, de reflexões e esperançar, bem como de fortalecimento das energias, num momento em que o planeta nos exige recolhimento e outras formas de cuidado de si e das coletividades numa perspectiva de compreensão e busca pelo Bem Viver. Considerações: Diante do exposto, esta iniciativa busca contribuir para o momento pandêmico em que vivemos, onde se torna necessário obter alternativas a outras formas possíveis e necessárias de cuidado integral e de fortalecimento de todas as dimensões da saúde, em que o compartilhar de cuidados integrativos, populares e coletivos é fundamental para a produção de saúde e manutenção da vida.
Palavras-chave
Educação; Participação da Comunidade; Medicina Popular