Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são modelos medicinais que se baseiam na atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo. Dentre estas práticas há o Reiki, técnica terapêutica que utiliza a imposição de mãos para canalização objetivando promover o equilíbrio necessário para o bem estar físico e mental¹. Esta terapêutica de caráter preventivo e resolutivo opera em diferentes níveis uma vez que trata aspectos físicos, psíquicos, mentais e espirituais, podendo atuar convencionalmente em quadros de ansiedade, estresse e depressão, sendo cada vez mais expandida para outras funcionalidades, como para quadros de mialgia. Neste último caso, tem-se que a dor pode ser dita como sensação física ou emocional desagradável devido a uma lesão real ou potencial, e de vivência individual contando com grande influência de fatores intrínsecos e extrínsecos ao ser. Objetivos: Considerando a necessidade de suporte à terapia alopática, esta pesquisa objetiva avaliar os benefícios do Reiki para solucionar diversos quadros de dor. Metodologia: O estudo trata de uma revisão sistemática da literatura com busca de artigos nas bases de dados PubMed/Medline, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scopus e Scielo, utilizando os descritores ‘Reiki e tratamento’ e ‘Reiki e prevenção’ nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram encontrados 1084 estudos publicados na última década sendo, após leitura dos títulos, resumos e texto completo, excluídos artigos duplicados, artigos de revisão, estudos que não foram feitos em humanos e/ou que não descrevem o efeito do Reiki, tal como trabalhos não disponíveis na íntegra, somatizando três artigos selecionados para análise integral. Desenvolvimento: O primeiro trabalho abordou sobre o efeito da intervenção Reiki em dores crônicas¹. Sua metodologia de caráter quantitativo avaliou a aceitação do Reiki como terapia complementar para dor crônica em instalações militares de saúde. O grupo amostral de 30 participantes, recebeu seis sessões de Reiki de 20 a 30 minutos no intervalo de 2 a 3 semanas, e após análise da percepção sensorial de dor, o teste ANOVA indicou correlação estatística entre as sessões e a melhora da mialgia tal como na relação entre a redução de estresse, e diversão com a vida frente a redução da dor. A significância estatística também foi presente no segundo estudo², que abordou os efeitos do Reiki a distância em pacientes oncológicos, detectando que a prática reduziu a dor, o estresse e a fadiga no grupo teste. A correlação da redução em score de dor e de stress também foi identificada quando a terapia foi utilizada em dez estudantes da área de enfermagem, que documentou além dos efeitos físicos o impacto do Reiki no equilíbrio emocional e de autopercepção na semana seguinte a aplicação energética³. Considerações: Embora seja notório o direcionamento para a aplicabilidade da terapia como tratamento complementar em patologias que envolvem dor, os mecanismos de atuação tal como a extensão desta aplicabilidade se encontra limitada na literatura, fazendo com que estes estudos direcionem a temática para pesquisas futuras com elevada chance de se encontrar resultados promissores.