Última alteração: 2021-06-19
Resumo
Introdução: A assistência obstétrica era marcada por excesso de intervenções e não como evento natural e fisiológico. O surgimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as boas práticas ao parto trouxeram evidências a fim de promover uma boa qualidade de assistência ao parto (WHO, 2018). Objetivos: O presente estudo teve por objetivos identificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem e a aplicabilidade pelos mesmo das boas práticas ao parto, assim como caracterizar a produção científica acerca deste tema. Metodologia: Revisão Integrativa da Literatura. Revisão Integrativa consiste na construção de uma ampla análise da literatura e síntese do conhecimento sobre um determinado assunto, subsidiando a tomada de decisão e o aprimoramento da prática clínica (SAMPAIO et al., 2019). A pergunta norteadora foi: “Qual o conhecimento científico produzido acerca da aplicabilidade das Boas Práticas do Parto por profissionais de enfermagem na assistência ao parto”. Os descritores utilizados foram: cuidado perinatal, parto humanizado, enfermagem obstétrica, por meio do operador booleano AND. As bases de dados utilizadas foram PubMed, LILACS e CINAHL. Critérios de inclusão: artigos completos dos anos de 2005 à 2020, disponíveis em Inglês, Português e Espanhol, de métodos quantitativo. Foram excluídos artigos que não corresponderam ao período estabelecido; publicações repetidas, artigos de Revisão de Literatura, e estudos não quantitativos. Desenvolvimento: Foram localizados 1468 artigos, no entanto apenas 4 se enquadraram no critério de inclusão do estudo. Todos os artigos tiveram o enfermeiro como profissional de enfermagem. Há um aumento das boas práticas ao parto quando o enfermeiro obstetra está presente, devido ao seu conhecimento. Em alguns hospitais algumas práticas desfavoráveis e usadas de maneira inapropriada ainda persistem, apesar de ter diminuído com o conhecimento do enfermeiro obstetra. No Brasil configura-se o predomínio de um modelo de atenção ao parto medicalocêntrico, ou seja, parto definido como evento médico ou tecnológico no qual a o médico é o profissional responsável pela realização do parto no que tange ao ambiente hospitalar, sendo a parturiente tratada como paciente, no qual a cesareana é mais predominante como método de escolha para o parto (PEREIRA et al., 2018). No entanto, com a entrada dos (as) enfermeiros (as) obstétricos (as) neste contexto, introduziu-se o uso de métodos não invasivos e não farmacológicos no cuidado à parturiente, até então não utilizados (MEDEIROS et al. 2016). Considerações: a Enfermagem Obstétrica é componente fundamental na assistência humanizada ao parto, reduzindo assim o risco de práticas claramente prejudiciais ou que são utilizadas de modo inapropriado e incentivando boas práticas ao parto e nascimento.
Referências: MEDEIROS, R.M.K. et al. Humanized Care: insertion of obstetric nurses in a teaching hospital. Revista Brasileira de Enfermagem, v.69, n.6, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v69n6/0034-7167-reben-69-06-1091.pdf . Acesso em: 10 out. 2020. PEREIRA, R.M. et al. Novas práticas de atenção ao parto e os desafios para a humanização da assistência nas regiões sul e sudeste do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 11, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.07832016. Acesso em: 24 jun 2020. SAMPAIO, J.A.M.A. et al. A importância do atendimento pré-hospitalar para o paciente politraumatizado no Brasil: Uma Revisão Integrativa. Revista Multidisciplinar e de Psicologia, v. 13, n. 48, 2019. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2297/3499. Acesso em: 10 abr 2020. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Health Organization recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. Geneva: World Health Organization; 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S0102-311X201900030501000004&lng=en. Acesso em: 24 mai 2020.