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Introdução: O yoga, cujo significado literal é união, consiste em uma prática originada na Índia, que fomenta a harmonia do corpo, mente e espírito. Os fundamentos que o alicerçam, vão além do desempenho exterior e proporcionam autoconhecimento e disciplina. Ao longo dos anos, pesquisas comprovaram que essa prática melhora as funções cognitivas, como a atenção, concentração e memória¹; além de estimular o controle emocional e aprendizagem. Nesse contexto, o interesse da esfera educativa acerca da prática integrativa e complementar (PICs) paralela ao ensino aumentou. Dessa forma, inúmeros estudos estão sendo realizados a fim de esclarecer e/ou comprovar a sua eficácias sobre a saúde, bem-estar e desempenho do corpo discente e docente em ambiente escolar. Objetivos: A presente revisão de literatura visa ponderar o impacto e as possíveis aplicabilidades das modalidades do yoga na escola, tendo em vista seus inúmeros efeitos positivos relatados em outras pesquisas. Metodologia: Selecionaram-se estudos originais e revisões de literatura publicados entre junho de 2011 e dezembro de 2020, nas bases de dados: Google Acadêmico e PubMed. Sob critérios de inclusão, selecionaram-se trabalhos com as palavras-chave: “ambiente escolar”, “yoga” e “yoga with students”. Foram selecionados 11 e 13 resultados, respectivamente. Após discussão, excluiu-se 5 trabalhos acerca de: práticas fora do ambiente escolar, resultados inconclusivos e com fuga do tema em foco. Desenvolvimento: Após observação dos dados, foi possível constatar que o yoga foi implementado nas escolas de forma experimental, por um curto período de tempo e para a faixa etária de pré-escolares até 18 anos. De modo promissor, muitos achados foram retratados, tanto no âmbito físico quanto psíquico e acadêmico. Além dos efeitos mais comumente abordados sobre a redução de estresse, tensão e ansiedade, houve melhora significativa na memória, atenção e funções cognitivas². É possível acrescentar progresso comportamental, autocontrole, compreensão das emoções, sono e quando praticada de forma contínua auxiliou no desempenho das médias escolares³. No aspecto social, foi comprovada maior interação entre estudantes, respeito sobre os limites pessoais e alheios e estímulo ao bom humor, que está associado ao desenvolvimento psicossocial⁴. Quanto às modificações diretas no organismo, foi vista uma diminuição dos níveis de cortisol em determinadas tarefas³; aumento da absorção de alguns nutrientes⁵ e alívio de sintomas do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)⁶. Apesar desses achados, em sua implementação algumas barreiras foram identificadas, como: não existência de um ambiente próprio para a atividade; pequena quantia de alunos mostrando-se indisponível, indiferente, relatando ser “perda de tempo”, cansativo ou optaram por prática mais ativas; e por último, a maioria dos educadores não estava qualificada para desenvolver os exercícios ou não obtiverem apoio gerencial. Considerações: Diante desta discussão, o yoga é uma alternativa eficiente para as escolas, sendo recomendada sua implementação ainda no pré-escolar, para resultados mais promissores. É importante ressaltar que o profissional capacitado é fundamental para a eficácia do processo e para apresentá-lo de forma espontânea e recreativa, podendo fazer a diferença na adesão dos estudantes. Por fim, os grupos familiares e de gestão deverão ser capazes de perceber os impactos positivos da prática. Referências: 1. (CASTRO et al. 2019), 2. (FERREIRA-VORKAPIC et al. 2015), 3. (BUTZER et al. 2015), 4. (FELVER et al. 2015), 5. (VERMA et al. 2017), 6. (MEHTA et al. 2011).

Ambiente Escolar; Atividade Recreativa; Educação; Yoga