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RELAÇÕES URBANAS NA NOVA A-NORMALIDADE. RESIDUALIDADE E ESTIGMATIZAÇÃO SOCIOESPACIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA
Última alteração: 2020-12-30
Resumo
A Pandemia do Covid-19 alterou muitas das relações sócioespaciais existentes na cidade, o que em contextos de extrema desigualdade e vulnerabilidade agrava mais ainda as já difíceis condições de vida de uma grande parte da população. O presente trabalho busca refletir sobre as dinâmicas de residualidade urbana sob a perspectiva da estigmatização do outro, situadas nesse contexto em que “a-normalidade” se torna, finalmente, visível, apesar de ter sempre existido. O objetivo principal é observar como as “zonas de tolerância”, entendidas aqui como espaços da cidade diariamente em “exceção” (Agamben, 2004), que reproduzem territórios ainda mais vulneráveis durante crises sanitárias como a que vivemos hoje, uma vez que, de acordo com a pesquisa, o benefício de ser parte estruturante do sistema urbano é também, e sobretudo, o condicionante para a sua própria exclusão. Portanto, o trabalho propõe utilizar a crise sanitária como caso de estudo para análise de alguns fenômenos urbanos de precarização sócio-espacial comuns às cidades, inclusive desde muito antes da pandemia.
Palavras-chave
Residualidade urbana; Estado de exceção; Pandemia; Estigmatização
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