Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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COVID-19 E CORPOS EM ALIANÇA NO BRASIL
Áureo Rosa Silva

Última alteração: 2020-12-30

Resumo


Na obra “Corpos em aliança e a política das ruas”, Judith Butler trata da “reunião repentina de grandes grupos” em torno de pautas políticas e/ou precarizatórias como fonte de esperança e medo. Com a disseminação da COVID-19 em território brasileiro, uma série de alianças entre corpos vêm sendo realizadas em um contexto de isolamento social no qual suas motivações psicossociais, meios e modos de reunião podem ser analisados através da obra. Tratamos de duas grandes pautas geradoras de aliança atualmente: a crise política e sanitária, encampadas nos mais diversos espaços e plataformas. Como os corpos se relacionam em um período histórico de ruptura da normalidade das cidades (com suas resistências ao isolamento, a retomada voluntária ou forçada ao trabalho e as manifestações) frente ao acentuamento dos paradigmas do sistema econômico neoliberal? Os atores que exercem poder normatizador sob as cidades passam por um processo de rearranjo dos modos de atuação no espaço urbano. As formas sistematizadas de controle dos corpos em alianças iniciam um processo de recolocação à possível mudança dos modos de manifestação e à contradição da retomada econômica da força produtiva frente ao controle de manifestações insurgentes durante a pandemia no Brasil. Como a obra em questão trata as relações de poder e controle de corpos frente à pautas de alianças? É possível incorporá-las ao cenário de pandemia global, sobretudo no contexto brasileiro? Utilizando as ideias fundamentais trazidas por Butler analisaremos as possíveis incidências, acentuações ou rupturas das formas de controle causadas com a chegada da COVID-19 no Brasil.

Palavras-chave


COVID-19; manifestações; corpos; precariedade; Brasil;

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