O presente artigo busca reafirmar o projeto participativo como alternativa para a ativação de fissuras em um modelo consolidado de produção habitacional, cuja prática se concentra na ambivalência da produção tutelada pelo Estado ou a tentativa de acesso pela produção imobiliária de mercado. Neste sentido a proposta utiliza o conjunto habitacional Paulo Freite, produzido por meio da parceria entre mutirantes e a assessoria técnica Usina CTAH, para representar a necessidade de pensar outras formas de fazer arquitetura. Este artigo se estrutura em três partes, na primeira é apresentada uma breve aproximação entre os atores, Moradores e Usina; na segunda parte é feita a análise da forma arquitetônica a partir do processo de projeto; na terceira são apontados os referenciais teóricos que oportunizam ler este projeto como de rotas de fuga. As análises sobre o Conjunto Paulo Freire se basearam em pesquisas bibliográficas e pesquisas documentais da Prefeitura de São Paulo.