Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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MODOS DE SIGNIFICAR O PATRIMÔNIO: AMEAÇA À PERMANÊNCIA OPERÁRIA NO RIO DE JANEIRO (1970-1990)
Aline Cristina Fortunato Cruvinel

Última alteração: 2020-08-15

Resumo


Com o objetivo de apresentar novos caminhos para a formulação de um patrimônio operário, o artigo em questão traz narrativas presentes na memória operária do Rio de Janeiro que indicam como a classe trabalhadora atribui significados ao espaço urbano de modo atrelado à sua luta pela permanência na cidade. Investigadas em pesquisas acadêmicas ou reconstituídas a partir de documentos históricos e/ou em jornais da época, as narrativas trazem a experiência dos operários da América Fabril nas unidades de Magé, de Vila Isabel e do Jardim Botânico, especialmente na década de 1980, período de encerramento das atividades da companhia. Além delas, são relembradas outras experiências de trabalhadores na cidade, como a demolição em 1973 da Vila Rui Barbosa, no centro, e a demolição parcial do bairro do Catumbi, em 1980. Tais experiências, conduzidas a partir da metodologia adotada pelo materialismo histórico, constituem uma leitura integrada do processo de ocupação do Rio de Janeiro ao logo do século XX, demonstrando que existe uma memória da classe trabalhadora que ultrapassa os limites até então definidos pelo patrimônio industrial.


Palavras-chave


patrimônio operário; patrimônio industrial; memória operária;

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