Última alteração: 2020-08-15
Resumo
Desde a década de 1980 nota-se uma redistribuição espacial da população brasileira marcada pela diminuição no ritmo de crescimento populacional das regiões metropolitanas, acompanhadas pela expansão urbana de cidades de porte populacional médio. Ao mesmo tempo, ocorrem mudanças estruturais na população e na formação de domicílios. Tais fenômenos devem ser considerados pela gestão metropolitana. No entanto, nas últimas décadas observa-se um desmantelamento progressivo de órgãos públicos de planejamento metropolitano que atuavam na elaboração de políticas territoriais e na estruturação da governança dos sistemas urbanos, o que é exemplificado pelo histórico da política metropolitana no Estado de São Paulo. Nesse contexto, coloca-se a proposta de recorrer a novos instrumentos de planejamento urbano e regional que contribuam para a compreensão das características da expansão urbana das metrópoles. Entre outros instrumentos, destacam-se as projeções de domicílios, que podem dar subsídios para o estudo das tendências do crescimento urbano e a elaboração da política territorial a nível metropolitano.