Última alteração: 2020-08-19
Resumo
Os seis trabalhos propostos para esta Sessão Livre tematizam aquilo que o crítico estadunidense Hal Foster denominou, em livro homônimo, “o complexo arte-arquitetura”. Não se trata aqui, contudo, de aplicar ao contexto local os conceitos e categorias propostos pelo crítico – e menos ainda, buscar identificar, nesse contexto, casos análogos aos descritos por ele. Se há algo importante no livro de Foster é ter demonstrado que, com o advento, nos anos 1960, da chamada “arte contemporânea” (e muito particularmente, do que Rosalind Krauss denominou a “escultura no campo ampliado”), a natureza da relação arte-arquitetura substantivamente se altera. As consequências e desdobramentos dessa mudança seguem desafiando a crítica de arquitetura, e de uma maneira muito peculiar e desconcertante. Afinal, o que se põe à prova, e eventualmente se inutiliza, não é nada menos do que um vocabulário crítico com o qual, faz pelo menos um século, a arquitetura de vanguarda vem sido vista, criticada, avaliada. É neste espaço impreciso que, tentativa e especulativamente, os trabalhos ora propostos se movem.