Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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DA CASA AO EDIFÍCIO: GENEALOGIA DOS ESPAÇOS DE DUPLA ALTURA NA ARQUITETURA HABITACIONAL DE LE CORBUSIER
Daniel Pitta Fischmann

Última alteração: 2020-08-28

Resumo


A exploração da espacialidade interna em projetos residenciais unifamiliares ou coletivos por meio do emprego de espaços de dupla altura associados a mezaninos pode ser observada ao longo de todo o Movimento Moderno. De acordo com Urdampilleta (2011), os célebres “cinco pontos da nova arquitetura” de Le Corbusier poderiam ser estendidos até mesmo a dez, observados de forma recorrente na produção do arquiteto após a II Guerra. São os outros cinco: a rampa, o espaço comunicado, o brise soleil, o teto para-sol e os volumes curvilíneos nos banheiros. Este artigo aborda as origens do espaço comunicado (ou “pé-direito duplo”) na produção residencial de Le Corbusier, através da elaboração de uma genealogia baseada em revisão bibliográfica cronológica. As primeiras proposições de Le Corbusier nesse sentido, materializadas na Casa Citrohan na exposição de Weissenhof, em 1927, na qual ocorre a definição de um tipo – área de estar e refeições em dupla altura voltada a grande plano envidraçado e contígua à cozinha – reverberaram na produção de diversos arquitetos modernos e contemporâneos. Paradoxalmente, porém, é nas propostas modernas de habitação coletiva que os espaços de “pé-direito duplo” se consolidam, muitas vezes como solução decorrente de engenhosos encaixes dos apartamentos resolvidos sobretudo em corte. Este breve ensaio pretende discorrer sobre as origens dessa espacialidade na produção de Le Corbusier, atentando para a cronologia de suas obras/projetos e estabelecendo relações com outras produções modernas.


Palavras-chave


Le Corbusier; dupla altura; projeto; arquitetura.

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