Última alteração: 2020-08-19
Resumo
O projeto de arquitetura, sobretudo a concepção, também pode ser compreendido como um processo complexo, inclusive em razão de seu caráter subjetivo e particular de cada projetista. Diferentes são os recursos e as ferramentas que arquitetos utilizam na formulação de soluções de projeto. Os croquis de concepção, tradicionalmente, são registros gráficos em suportes bidimensionais, feitos a mão livre, realizados com base em traços rápidos e contínuos. Favorecem o registro de hipóteses projetuais, consequentemente da construção de um processo dinâmico, que se alimenta continuamente. O objetivo principal deste artigo consiste em analisar os croquis de concepção elaborados durante o processo projetual da Escola Santa Mônica, em Pelotas/RS, evidenciando a sua evolução e as estratégias de projeto adotadas pela arquiteta responsável. Os dados - um conjunto de 12 pranchas com diversos croquis, selecionadas no caderno da profissional - foram analisados qualitativamente, à luz da teoria de Lawson (2001) e com base nas estratégias adotadas por Perroni (2018). Entre os resultados alcançados destaca-se a relevância do croqui enquanto ferramenta de desenvolvimento de projeto, de forma a registrar, comparar, testar, averiguar e enfatizar as diversas questões peculiares da proposta, estimulando as ideias e colaborando no processo cognitivo do projetista.