O presente trabalho trata da documentação e análise crítica do processo de oficinas participativas de normatização especial da ZEIS do Bom Jardim, localizada em Fortaleza, no Ceará. Para o estabelecimento de parâmetros mínimos de ocupação do solo, dentro de um extenso espaço construído de padrões variados e em constante alteração, a equipe buscou empenhar seu conhecimento técnico no desenvolvimento, adaptação e aplicação de ferramentas chamadas genericamente de interfaces. Essas interfaces dariam repertório e autonomia para a comunidade e para o conselho gestor discutirem sobre os parâmetros de habitabilidade que deveriam vigorar sobre no território. Desse modo, o artigo aborda o estado da arte de metodologias participativas que buscam a criação de interfaces no diálogo técnico/comunitário; especifica os materiais e métodos utilizados nas oficinas, identificando as adaptações necessárias para o caso analisado, e, por fim, relata os resultados dessas oficinas, discutindo-os diante das especificidades das comunidades em questão.