Última alteração: 2021-01-05
Resumo
Muito se discute sobre a qualidade funcional da Habitação de Interesse Social - HIS versus a quantidade produzida no Brasil. À luz desse estigma que perdura desde a origem das habitação popular, buscou-se a reflexão sobre a flexibilidade pensada em projeto para promoção da qualidade espacial nessas edificações. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi discutir em torno do uso da flexibilidade espacial, funcional e estética, na HIS e propor um modelo evolutivo para terrenos mínimos de ZEIS da RMGV/ES. Em relação a flexibilidade espacial trabalhou-se com critérios de: flexibilidade organizacional, cômodo autônomo, adaptabilidade e ampliação. A flexibilidade funcional foi atendida através de dimensões adequadas baseadas na literatura e legislação vigente. A flexibilidade estética foi atingida com a possibilidade de escolha pelosusuários da cor e do arranjo físico das fachadas. Conclui-se que as flexibilidades espacial, funcional e estética contribuem para valorização do imóvel popular, aumento da qualidade de vida e satisfação dos moradores sem aumento de custo inicial. O ensaio enfatiza que o uso da flexibilidade projetual em HIS evita o desperdício de verba pública com futuras modificações da construção sem planejamento, indo de encontro aos conceitos de sustentabilidade econômica, social e ambiental.