O presente estudo examina algumas questões teóricas e metodológicas dos chamados processos participativos em projetos de Arquitetura, bem como de sua institucionalização nas situações de edificações públicas, tendo como referência um caso concreto, o Plano Global de Requalificação do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, entre 2010 e 2015. O ICB abriga 10 departamentos acadêmicos em 17 blocos, com quatro pavimentos cada, totalizando aproximadamente 46.000m². O conjunto foi projetado e construído entre 1969 e 1973 e desde então vem sendo adaptado, na medida das necessidades dos usuários e do avanço das pesquisas que desenvolvem. Tal plano de requalificação ambiental se assentou em uma prática dialógica, com ampla participação dos usuários na identificação das demandas, desenvolvimento das propostas projetuais e escolha das soluções arquitetônicas mais adequadas. Ao longo deste estudo busca-se reconhecer e descrever os papeis dos actantes no processo, fatores humanos e não-humanos, como proposto pela teoria Ator-Rede. Para esse estudo utilizou-se bibliografias especializadas, consultas à documentos técnicos e descrições do processo de trabalho vivenciado pelos próprios autores.