Última alteração: 2020-08-15
Resumo
O presente ensaio procura apontar fenômenos contemporâneos de tolhimento da autonomia pela alienação de conhecimentos cotidianos que, junto com o desenho arquitetônico, promovem o arquiteto ao status de especialista, engessando sua prática em formatos heterônomos. Busca expor, com as críticas de Ivan Illich e Sérgio Ferro, como a prática do arquiteto contribui para a alienação e exploração do trabalho dos operários da construção civil em detrimento de uma dialética corpo-habilidade que aproximaria indivíduo e sociedade. Contraponho estes processos, que dizem respeito tanto à produção como ao consumo da arquitetura, com estudos sobre tecnologia e antropologia, e assim espero argumentar em favor de uma política de transformação da tecnologia da arquitetura, baseada na relação entre corpo, habilidades, aprendizado e técnica.