Última alteração: 2020-08-15
Resumo
O presente artigo destina-se a questionar a presença dos vazios urbanos e o entendimento desses espaços por um ângulo crítico. Busca-se adentrar a discussão da relação entre os vazios urbanos, as políticas e as ações públicas com fins de contribuições com as políticas, debates públicos sobre o tema e práticas referentes às potencialidades de usos e fins dos espaços residuais no território urbano. O planejamento para espaços vagos oferece outros sentidos para a qualidade de vida urbana em termos sócio-espacial, sócio-político e socioeconômico, de desenvolvimento ambiental sustentável e equitativo. O debate sobre os vazios urbanos não é recente. Desde fins do século XX essa temática tem aparecido nos debates e estudos urbanos como questão relevante a ser tratada, inter e transdisciplinarmente. Neste artigo o estudo se debruça nos municípios de Varginha e Caxambu, no Sul de Minas Gerais, Brasil, e em Detroit, nos Estados Unidos. Se no Brasil há políticas que procuram articular usos e ocupações de vazios urbanos a novas práticas de gestão do espaço, no caso norte americano o inverso se apresenta. Não há, inicialmente, política pública, senão ação social-econômica de mudança cultural. A premissa foi a de problematizar a relação entre o território urbano e seus vazios, com foco nas potencialidades ambientais desses espaços.