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O modo de produção capitalista que configura a cidade contemporânea conforma não apenas as políticas públicas, mas também as formas de vivência do espaço urbano, a partir da lógica da produtividade. Desdobram-se dois pontos, nesse contexto, importantes na perpetuação da crise da cidade, conceituada a partir de Lefebvre: a segregação de espaços e pessoas, e a relegação dos usos ligados ao ócio e ao prazer a segundo plano. O artigo discute, assim, a festa de Carnaval de Rua de Belo Horizonte/MG enquanto possível elemento transformador nas formas de uso e apropriação dos espaços públicos urbanos pela comunidade LGBT+, tomando-se como base as relações de poder relacionadas à cultura heteronormativa como impositora de padrões normativos, refletidos nas relações sociais e na cidade.

Cidade; Festa; Espaço Público; Poder; Heteronormatividade.