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Sobrevivências coloniais entre modernidades: a participação brasileira na XIII Trienal de Milão, 1964
Última alteração: 2020-08-28
Resumo
A proposta de Lucio Costa para a participação brasileira na XIII Trienal de Arquitetura de Milão, datada de 1964, parece-nos fazer vislumbrar certos modos singulares de figuração da construção de Brasília e de circulação das ideias em arquitetura e urbanismo. Acreditamos que uma reflexão historiográfica sobre o gesto de Costa de contrapor imagens da paisagem da recém-construída capital com objetos da cultura popular brasileira em vias de desaparecer, seria uma possibilidade de fazer ver tanto o plano da cidade como a expografia enquanto dispositivos culturais na forja de nacionalismos – na movimentação de estratos temporais a forjar tradições e nos esforços modernizadores, reformadores ou destruidores de sua memória. Ao elegermos as exposições como documentos quais seriam os debates e revisões historiográficas que este gesto provocaria? No cotejamento de outros campos disciplinares quais questões seriam também deslocadas para a reflexão sobre os saberes e imaginários urbanos? Interessam-nos sobretudo, os desvios e sobrevivências anacrônicas de tempos primevos que perseveram apesar do recalque, e que nos contam sobre as tragédias, falências e ruínas destes esforços modernizadores.
Palavras-chave
História das exposições; História do urbanismo; Historiografia; Nacionalismos
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