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Arquitetura como resistência: autoprodução da moradia popular no Maranhão
Última alteração: 2020-08-15
Resumo
Apesar do quantitativo de moradias produzidas pelos programas estatais, a prática da construção popular, sem formalização ou participação de técnicos da área, continua sendo utilizada para reduzir custos da obra e suportar irregulares cronogramas de execução, prevalecendo em todo o país como alternativa habitacional. Perante as comprovadas limitações dos programas massivos e o agravamento da exclusão produtiva, este texto procura demonstrar que tais construções representam relevante exercício de autonomia e resistência dos despossuídos na qualificação dos seus espaços de vida. Pesquisa desenvolvida com diferentes grupos sociais em assentamentos populares rurais e urbanos do Maranhão constatou que, diferentemente dos procedimentos impositivos da política habitacional estatal, as decisões familiares tomadas na autoprodução da moradia são processos que consideram estrutura familiar, formas de ocupação da terra, práticas produtivas e acesso à renda, exigindo capacidade de gerenciamento e resultando em contribuições arquitetônicas significativas para os modos de morar dos que vivem sob adversidades.
Palavras-chave
Arquitetura popular; autonomia; rural e urbano; autoprodução da moradia; Maranhão
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