Este artigo pretende discutir a relação entre ativismo e constituição da espacialidade focando dois campos do ativismo contemporâneo cuja atuação vem ganhando importância crescente na última década em São Paulo: o cicloativismo e o ativismo ligado à agricultura urbana. Parte de uma breve revisão sobre as correntes analíticas dos movimentos sociais para discutir a conexão entre processos sociais e produção do espaço. Os dois ativismos estudados são colocados em perspectiva histórica sendo abordados na sua relação com o ativismo internacional, com as políticas públicas nacionais e na sua consolidação enquanto processos sócio-espaciais. As descrições sobre o cicloativismo e  o ativismo ligado à agricultura urbana são fundadas em pesquisas bibliográficas (livros, teses e artigos) conquanto os autores tenham um vínculo e vivência pessoal com os ativismos estudados.