Última alteração: 2020-08-15
Resumo
Lugares de memória existem no sentido material, simbólico e funcional. Se diferenciam dos lugares de história pela vontade de memória. Seu principal objetivo é parar o tempo, bloquear o esquecimento, sendo uma construção vivida no presente.
O artigo analisa a experiência espacial no Museo de la Memória y los Derechos Humanos em Santiago, Chile, projeto Estúdio América, inaugurado em 2010; no Lugar de la Memória, la Tolerância y la Inclusión Social em Lima, Peru, projeto Barclay & Crousse, inaugurado em 2015; e no Centro de Memória, Paz y Reconciliación em Bogotá, Colômbia, projeto Juan Pablo Ortiz, inaugurado em 2012. Identifica-se nos museus de memória da América Latina, equipamentos urbanos que abordam momentos de violência e violação dos direitos humanos ocorridos no século XX, criados a partir da organização do estado, participação da população, entidades representantes das vítimas e realização de concursos internacionais para construção dos edifícios. Propõe uma ampla reparação às vítimas, superação dos fatos ocorridos e inclusão social. Apresentam relatos de diferentes grupos sociais e a formação da narrativa a partir da memória coletiva. Abordam a memória do lugar, revalorizando, reorganizando e reconectando o tecido urbano junto aos edifícios, levando em consideração os aspectos territoriais, urbanos e culturais.