Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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DA TEORIA À PRÁTICA: ARTICULAÇÕES DO CONCEITO DE AMBIÊNCIA NA PESQUISA APLICADA EM ARQUITETURA E URBANISMO
Ethel Pinheiro Santana, Cristiane Rose Duarte, Gleice Azambuja Elali, Glaucineide Coelho

Última alteração: 2020-08-19

Resumo


Esta sessão tem por objetivo promover a apresentação da temática das Ambiências Urbanas em suas diversas possibilidades de abordagem, no campo da arquitetura e do urbanismo (AU), por meio do relato de práticas e discussões realizadas em eventos ou pesquisas recentemente aplicadas pelas pesquisadoras que compoem esta sessão. Além de relacionadas ao tema, as ações e pesquisas apresentadas demonstram interpolações diversas, provenientes das várias relações desenvolvidas ao longo dos anos pelas representantes das instituições que aqui figuram como campo específico de AU nos grupos de pesquisa representados pelas instituições UFRJ, UFRN e UERJ, que compoem esta Sessão Livre, e também relacionadas à grande Rede Internacional de pesquisas em Ambiências, a <ambiances.net>. A arquitetura, enquanto representação de tempos e grupos culturais, pode descrever uma sociedade por meio dos espaços e das relações com esses espaços, como analogia à cultura e à subjetividade. No entanto, para além dos registros denotados pelos edifícios e seus entornos, as interferências humanas, os sentidos e a experiência cognitiva dos habitantes/praticantes das cidades podem fornecer dados ainda mais ricos para projetações, intenções e especulações. O processo cognitivo a que nos referimos tem início na espacialidade: o impacto do lugar, as respostas produzidas pela experiência e pela sensibilidade inerentes a nosso corpo físico nos tornam seres capacitados. Já que uma Ambiência nos leva a refletir sobre tipos de experiência, percepção e ação em determinados e específicos contextos, podemos dizer que sua definição está muito mais próxima do campo empírico do que teórico. Por isso, ultrapassar os limites que tornam os projetos arquitetônicos em objetos explicitados pela junção de descobertas no campo morfológico e histórico tem sido, há algumas décadas, um mote para todos os pesquisas dessa qualidade. Deste modo, pretendemos colocar a sessão como um cenário aberto para discussões sobre o tema. No primeiro trabalho da sessão, desenvolvido por Ethel Pinheiro e intitulado “IN SITU, IN PROMPTU e AFETÁVEL” será colocado em foco o papel das ações cotidianas, assim como a permeabilidade de micro-culturas presentes nos espaços centrais de metrópoles, por meio de reflexões sobre as ambiências sensíveis oriundas do evento recentemente realizado no Centro do Rio de Janeiro e coordenado pelo Laboratório Arquitetura, Subjetividade e Cultura (LASC/Proarq/UFRJ): “Ressensibilizando Cidades . ambiências urbanas e sentidos”, em 2019. No segundo trabalho, intitulado “UM CONGRESSO SOBRE AMBIÊNCIAS E OUTRAS FORMAS DE BUSCAR A PRÓPRIA VOZ”,  Cristiane Duarte explicitará as ações empreendidas nos quatro eixos do referido evento, em sequencia à apresentação do fator ‘inaugural’ das ambiências como locus de ação no trabalho 1, demonstrando o papel catalizador e modificador das ambiências em contextos urbanos, através da percepção dos praticantes e dos planejadores da cidade. O terceiro trabalho, desenvolvido por Gleice Elali e intitulado “AMBIÊNCIAS CRIATIVAS EM ÁREA URBANA”, demonstrará o papel da vida cotidiana como meio para a construção do processo de projeto em arquitetura, trazendo a percepção do ambiente socioafetivo associado à ambiência criativa (termo desenvolvido em pesquisa) como balizador das decisões e categorizações de espaços físicos. O quarto trabalho, initulado “CORPOS CAMINHANTES E PENSANTES”, sob condução de Glaucineide Coelho, demonstrará – por meio de metodologia baseada no mapeamento das emoções – que a construção das representações urbanas passa pela percepção dos corpos que se deslocam e vivenciam a cidade em suas interações carregadas de sentidos e experiências nos/com os ambientes urbanos. Esperamos, assim, fabricar um ‘livro de consulta’ para tantas possibilidades de exploração deste conceito comum, que imbrica em toda a teoria e prática da Ambiência os desejos, esperanças e metas para pensar e construir cenários urbanos concretos e palpáveis, capazes de inspirar a aludir à dimensão experiencial de todos nós.


Palavras-chave


Ambiências; Percepção; Espaços Públicos; Práticas Urbanas

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