Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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Cidades Novas de Papel: da intenção a não materialização
Ricardo Trevisan, Carolina Guida Teixeira

Última alteração: 2020-08-15

Resumo


Ao resgatar cidades que nunca saíram do papel, nunca passaram de riscos, croquis, esboços – cidades novas, projetadas, porém não materializadas –, o presente artigo busca revelar no arranjo proposto leituras pouco prováveis, para além dos atributos e histórias que as caracterizam. São três cidades idealizadas por arquitetos renomados e aqui encadeadas de acordo com sua emergência cronológica no tempo: Marina, uma cidade agrícola-industrial planejada em 1956 por Oscar Niemeyer; São Bento da Lagoa, um balneário litorâneo elaborado no ano de 1975 por Maria Elisa Costa e Lucio Costa; e Cidade do Tietê, uma cidade portuária fluvial imaginada em 1980 por Paulo Mendes da Rocha. Mas o que tais cidades apresentam em comum? São somente ideias lançadas? Por que não vingaram? A partir do método “pensar” e “fazer” por atlas, ao aproximá-las intencionalmente, procurou-se refletir sobre a importância da utopia e do ideário coletivo na concepção de uma cidade. Buscou-se compreender o universo imaginário de cada caso, explorando as intenções, as imperfeições e as marcas deixadas por cidades não materializadas. Trata-se de cidades de papel que nos auxiliam no entendimento da sociedade em determinado período; são cidades no papel cujos traços revelam sua real identidade e as verdadeiras motivações para sua criação e rejeição.


Palavras-chave


Cidades Novas; Cidades Projetadas; Atlas.

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