Última alteração: 2020-08-15
Resumo
A discussão sobre a relação entre cidade preexistente e preservação aparece desde os primeiros textos sobre valor histórico e cultural de bens materiais, tendo recebido diferentes enfoques de acordo com sua trajetória conceitual. Entre as abordagens há a figura do “entorno” ou “vizinhança” como um instrumento de restrição de uso para a preservação de bens tombados. Ampliaram-se significativamente as potencialidades e significações do entorno como instrumento de preservação urbana, ganhando jurisprudência e importância nas políticas empreendidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). Este artigo tem como objetivo refletir sobre a história das políticas de entorno de bens tombados pelo Iphan junto à história das cidades brasileiras e suas relações na atualidade. Pretende-se contribuir ao entendimento da política de patrimônio brasileira nas cidades como parte da política urbana.