Portal de Conferências da UnB, VI Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo

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Periferias da internacionalização na pesquisa sócio-espacial
Silke Kapp

Última alteração: 2020-08-15

Resumo


A internacionalização tem sido um critério central de legitimação e financiamento da pesquisa em todas as áreas do conhecimento. No entanto, para  pesquisa na (semi) periferia, a participação em redes internacionais muitas vezes se faz com a premissa da subordinação a aparatos conceituais e agendas pautadas pelo centro. Depois de discutir brevemente essa estrutura da divisão internacional do trabalho de pesquisa, da qual dependem o tipo de conhecimento produzido e as respectivas possibilidades de uso social, o presente artigo aponta suas implicações específicas para as pesquisas sócio-espaciais. Dado que nesse caso o território concreto não define apenas condições institucionais, mas o campo empírico, a arena política e o lugar das aplicações reais ou potenciais, a internacionalização produz ou reforça certos vieses cognitivos e distorções operacionais. Isso exige crítica sistemática, não para uma retirada da arena internacional, mas, bem ao contrário, para abrir caminho a interlocuções não subordinadas.


Palavras-chave


Internacionalização; Pesquisa sócio-espacial; Vieses cognitivos; Inserção social

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