Última alteração: 2020-08-05
Resumo
Lançado em 2007, o Plano de Ação Climática da cidade de Paris surge como resposta concreta ao Protocolo de Kyoto e à Primeira Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 11. Como uma das cidades pioneiras a implementar tal proposta, o plano parisiense evoca a necessidade de criação de políticas que visem a sustentabilidade urbana. Assim, o presente trabalho objetiva explorar as possíveis contribuições que esse plano tem legado para a conformação de cidades sustentáveis em países periféricos, como o Brasil. Especificamente, pretende-se analisar as estratégias adotadas em cada uma de suas categorias de atuação. Os resultados mostram que este plano de ação climática apresenta abordagens bastante arrojadas para categorias como energia, ao estabelecer a meta de se tornar livre das fontes energéticas fósseis até 2050; e mobilidade, por confrontar a cultura de dependência dos automóveis. Do ponto de vista da paisagem, é a expansão das áreas vegetadas, incluindo a implantação de hortas urbanas em telhados verdes, que apresenta maior impacto. Tais resultados podem contribuir para a resolução de problemas socioambientais recorrentes em cidades de países periféricos, servindo, pois, de parâmetro para seus respectivos planos climáticos.