Introdução: Nos últimos anos, pesquisas têm focado na qualidade de vida (QV) dos estudantes dos cursos de graduação da área da saúde. Isso se deve ao fato de que a adaptação no meio universitário pode gerar crises de ansiedade, depressão, afastamento social, e em casos extremos, comportamento suicida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de estudantes de Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior privada do Distrito Federal. Método:Estudo quantitativo, descritivo, realizado com 240 estudantes do curso de Enfermagem no mês de agosto 2018. Foram aplicados dois instrumentos: um questionário sociodemográfico e o questionário WHOQOL-bref. A pesquisa foi aprovada pelo parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa sob número 2.722.410, seguindo os preceitos éticos que regem pesquisas com seres humanos determinados pela Resolução nº 466/12, do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A maioria dos pesquisados era adulto jovem (67,5%), do sexo feminino (83,8%) e estudava no período matutino (56,7%). Observou-se que a QV dos estudantes encontra-se, de maneira geral, “regular” (média 3,21). A maior média foi verificada no domínio das “Relações Sociais” (3,57), seguido pelo domínio “Físico” (3,42), “Psicológico” (3,35) e “Meio Ambiente” (3,21). Conclusão: Os principais fatores que concorreram para a diminuição da QV dos discentes foram avaliação negativa no padrão de sono, estresse nas atividades de vida cotidiana, baixa autoestima, questões relacionadas à espiritualidade/religiosidade, falta de recursos financeiros e a utilização de transporte público. Contribuições/Implicações para a Enfermagem: Criar espaços de assistência psicológica e emocional aos estudantes, bem como oferecer palestras motivacionais e rodas de conversa que abordem temas como estresse e qualidade de vida podem ser estratégias eficientes para melhorar a qualidade de vida dessa população. Portanto, cuidar do cuidador é extremamente importante para garantir uma assistência de enfermagem de qualidade e livre de riscos.