Portal de Conferências da UnB, 80ª Semana Brasileira de Enfermagem do Departamento de Enfermagem

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ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Maria Luíza Correia Gomes, Roberto Nascimento de Albuquerque

Última alteração: 2019-05-07

Resumo


Introdução: A vida universitária traz diversas mudanças, ambiente novo e repleto de normas, grupos e pessoas desconhecidas. Além disso, os estudantes universitários, principalmente aqueles voltados para os cursos da área de saúde, carregam angústias e ansiedades, medos e anseios de seus pacientes e familiares. Objetivo: Identificar a presença de ansiedade e depressão entre acadêmicos de Enfermagem em uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada do Distrito Federal. Método: Estudo quantitativo, descritivo, realizado com 240 estudantes do curso de Enfermagem no mês de agosto 2018. Foram aplicados dois instrumentos: um questionário sociodemográfico e a Avaliação do Nível de Ansiedade e Depressão (HAD), que possui 14 itens, dos quais sete são voltados para a avaliação da ansiedade e sete para a depressão. Para cada possível resposta foi atribuída pontuações de zero a três pontos, compondo uma pontuação máxima de 21 pontos para cada escala de avaliação. Valores de zero a sete pontos não apresentavam traços de ansiedade ou depressão, de oito a onze pontos apresentavam traços para ansiedade ou depressão, e de doze a vinte e um pontos apresentavam ansiedade ou depressão. A pesquisa foi aprovada pelo parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa sob número 2.722.410. Resultados: A maioria dos pesquisados era adulto jovem (67,5%), do sexo feminino (83,8%) e estudava no período matutino (56,7%). Foi verificado que os discentes apresentaram traços sugestivos de ansiedade, porém não sugestivo para depressão. Entretanto, essa pontuação foi limítrofe para traços depressivos. Conclusão: Os estudantes apresentam traços ansiosos e apresentam possível risco para desenvolver traços depressivos, se não for prevenido, o sofrimento psíquico desses estudantes pode ser agravado, desencadeando transtornos mentais severos e, em casos mais extremos, o risco de suicídio. Contribuições/Implicações para a Enfermagem: Sugere-se as IES promovam estratégias com foco na saúde mental de alunos tais como palestras sobre tanatologia, capacitação dos professores e preceptores de estágio para identificar sintomas de sofrimento psíquico por parte dos estudantes, além de rodas de conversas para ajudar a entender os sentimentos negativos que angustiam os discentes.


Palavras-chave


Ansiedade; Depressão; Estudantes de Enfermagem.