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SOFRIMENTO MENTAL NA PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA: SITUAÇÃO E SOLUÇÕES PROPOSTAS PELOS PÓS-GRADUANDOS
Helena Augusta Lisbôa de Oliveira

Última alteração: 2018-04-21

Resumo


Apresentação: A preocupação com os casos crescentes de sofrimento mental
dos estudantes de pós-graduação da UnB deu origem a uma pesquisa e
propostas de solução realizadas pela Associação de Pós-Graduandos da
UnB. Objetivos: Verificar o quadro de sofrimento mental do pós-graduando
relativo à universidade e propor soluções. Uma das soluções foi e está
sento testada. Metodologia: Levantamento diagnóstico quali-quantitativo
sobre a questão por meio da aplicação de 630 questionário e reuniões
para discussão, durante o mês de janeiro, além de atividades prática de
tentativa de superar parte do problema, como conversas em grupo entre
discentes. Resultados e discussão: Entre os resultados mais
impressionantes, destaca-se a taxa de estudantes que pensa em suicídio com
frequência diária e uma vez por semana (9,83%). Os estudantes relataram
ter apresentado sintomas relativos à universidade como desânimo, tristeza,
isolamento social, sendo a ansiedade o sintoma mais assinalado. Ainda, foram
citados automutilação, medo, insônia crônica, alucinações, síndrome
do pânico, compulsão alimentar, estresse e doenças físicas causadas por
ele, dores corporais e desmotivação para com a vida. Também foi revelado
que 52% da amostra iniciaram ou aumentaram o consumo de drogas lícitas e/ou
ilícitas ao entrar na universidade; cerca de 55% dos fatores de
desmotivação na UnB são atribuídos a relacionamentos interpessoais entre
professores, orientadores, colegas e coordenadores, o que indica que mais da
metade dos problemas podem ser resolvidos sem necessariamente recurso
financeiro. Foram apresentadas ainda diversas sugestões para solucionar o
problema do sofrimento mental com origens na universidade, que incluem
atividades de criação e fortalecimento de vínculo e melhora de
relacionamentos na academia. Conclusões: Os casos de sofrimento mental dos
pós-graduandos não são casos isolados (e sim sistêmicos), muitos com
raízes principalmente na universidade. As soluções não envolvem
necessariamente recursos financeiros, mas melhoramento de relacionamentos e
flexibilizações regulamentais, além da facilitação da comunicação
entre eles.