Resumo: O Brasil tem sido representado no cenário externo como terra do samba, do suor e da sensualidade feminina. Jornalistas, e a mídia estrangeira de modo geral, costumam mostrar a brasileira ao mundo com certa dose de malícia, excesso de preconceito e demasiada generalização. Clichês e estereótipos como Carmem Miranda, Garota de Ipanema, passistas seminuas e mulatas, fazem parte da identidade nacional e do imaginário de turistas masculinos norte-americanos e europeus que, anualmente, desembarcam no país no carnaval. Este artigo pretende mostrar como essas representações legitimam práticas como o turismo sexual e a exploração sexual de mulheres e adolescentes no País. São analisadas as contradições da mídia e da  Embratur ao veicular tais discursos e, ao mesmo tempo, combater o comércio sexual. A mídia revela-se, dessa forma, como um espaço de conflito social, em que ocorrem a afirmação de estereótipos e preconceitos em relação à mulher e também  críticas a essas visões de mundo.