Portal de Conferências da UnB, 28º CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNB E 19º DO DF

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Sofrimento psíquico na pandemia de COVID-19: um comparativo entre faixas etárias
LORENA DE SOUSA AIRES

Última alteração: 2022-12-28

Resumo


Instituição: UnB - PIBIC Orientador: DIANE MARIA SCHERER KUHN LAGO

Resumo

Introdução: O sofrimento psíquico é uma demanda de saúde mental de suma importância, sobretudo devido a pandemia de COVID-19 e seus desdobramentos, com inúmeras modificações no cotidiano dos indivíduos, pode-se citar o distanciamento social, internações, luto, readaptações, dificuldades financeiras, desafios no acompanhamento de doenças crónicas e possíveis sequelas associadas a infecção pelo coronavírus. Todo esse cenário converge para sentimentos de medo, solidão, tensão e preocupação, acarretando em maiores índices de sofrimento psicológico. Metodologia: A pesquisa utilizou o método misto, qualitativo e quantitativo. O estudo foi desenvolvido a partir de um formulário online e foi divulgado através de redes sociais, principalmente WhatsApp e Instagram dos pesquisadores e da Liga de Saúde Mental e Espiritualidade - Intensamente, da Universidade de Brasília . A pesquisa foi desenvolvido em 4 etapas: (1) levantamento bibliográfico a respeito da temática; (2) aplicação do formulário online, este apresenta três partes, sendo a primeira parte ,o questionário sociodemográfico; a segunda, o instrumento de avaliação de sofrimento psíquico "Self Reporting Questionnaire (SRQ-20); a terceira, três questões dissertativas e opcionais (3) análise quantitativa de frequência numérica e qualitativa de análise das narrativas; (4) análise comparativa entre as faixas etárias de: 18 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos, 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 anos ou mais. Resultados: Ao comparar as pontuações na escala (SRQ-20) de acordo com as faixas etárias dos colaboradores do estudo, a faixa etária entre 40 a 44 anos foi a que alcançou a menor pontuação média na escala, com média= 3,33, DP= 4,14, pontuação mínima= 0 e pontuação máxima= 8. Em contrapartida, o grupo de 55 a 59 anos alcançou a maior pontuação média, com média= 12,33, DP= 1,52, pontuação mínima= 11 e pontuação máxima= 14. Ao contrastar as faixas etárias de “18 a 24 anos” e “60 anos ou mais”, o primeiro grupo obteve média= 10,39, DP= 5,03 e o segundo grupo, alcançou média= 4, DP= 5,65. Os resultados apontam que os jovens entre 18 a 24 anos estão em maior sofrimento psicológico do que os idosos de 60 anos ou mais. Discussão/Conclusão: As faixas etárias de 55 a 59 anos e de 18 a 24 anos demonstraram respectivamente maior vulnerabilidade no que se refere as pontuações obtidas na escala como sugestivas de sofrimento psíquico. Os resultados demonstraram sentimentos de tensão, nervosismo e preocupação, dificuldade em realizar com satisfação as atividades diárias e cansaço com facilidade, na maior parte do tempo.