Última alteração: 2020-02-03
Resumo
Orientador(a): Romulo Jose da Costa Ribeiro
Resumo:
INTRODUÇÃO: No artigo é observado a falta da água no Distrito Federal durante a crise hídrica de 2016 e 2017, situação que perpassa uma relação meio-cidade-pessoa, e implica uma leitura interdisciplinar das diversas raízes do problema. Essas raízes estão no desenvolvimento e crescimento urbano, no desmatamento do Bioma Cerrado, no planejamento e nas soluções governamentais. Além de uma revisão bibliográfica do problema da Crise Hídrica, o trabalho conta com uma série de entrevista com moradores do DF sobre suas experiências durante o período da crise. METODOLOGIA: O plano de trabalho da pesquisa foi separado em quatro blocos: pesquisa bibliográfica; pesquisa de campo e construção de dados; análise dos dados e, por fim, desenvolvimento de um artigo. Cada bloco foi dividido a partir de um cronograma da discente. Para atingir este objetivo, foram entrevistados alguns moradores do Distrito Federal, que contaram suas vivências do período do Plano de Racionamento Hídrico, de 2016 a 2018. O questionário foi separado em dois blocos: dados pessoais e efeitos da crise hídrica e do racionamento. Em dados pessoais os entrevistados passaram algumas informações, como a idade, onde moram e qual o tipo da residência (casa ou apartamento). Em efeitos da crise hídrica e do racionamento, as perguntas foram direcionadas para questões da crise hídrica e como elas viveram o racionamento. RESULTADOS: As respostas dos moradores das diferentes RAs corroborou com os dados empíricos da pesquisa deste trabalho. Houve uma diferença no racionamento entre as áreas mais favorecidas e as menos favorecidas de Brasília. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: Mesmo que não fosse o ideal, o Plano de Racionamento do Distrito Federal funcionou. Mas apenas as medidas de curto prazo foram tomadas, e as medidas de médio e longo prazo continuam sendo postergadas. Considerando que o racionamento deveria ser um dos últimos artifícios a serem usados numa situação de crise, devemos cobrar para que o Estado tome as providências de longo prazo, protegendo a população de forma igualitária para uma próxima crise. Afinal, a crise hídrica em Brasília não foi um caso isolado, e sem as soluções de longo e médio prazo, que estejam a par do crescimento urbano e da demanda por mais água, o racionamento sempre terá que ser a medida tomada.