Orientador (a): Luiz Carlos Pinheiro Ferreira

Resumo:

Introdução: Este trabalho integrou parte da investigação desenvolvida no Projeto de Pesquisa: Construção e representação da identidade docente em artes visuais: histórias de vida, memórias, narrativas e experiências. E, também representou a continuidade do projeto de pesquisa: ‘O conceito da Bruxa e a (auto)formação da identidade feminina’, apresentado no 23º Congresso de Iniciação Cientifica da Universidade de Brasília em 25 de outubro de 2017, que contemplou o conceito da Bruxa e sua correlação com a construção (auto)formativa da identidade feminina, considerando em especial, minhas reflexões pessoais, por acreditar que determinados comportamentos são perpassados através das histórias que ouvimos e aprendemos na infância. Nesse sentido, a investigação representou um traço de continuidade especifico e relevante da pesquisa anterior, ou seja, o conceito da Bruxa. Essa questão levou-me particularmente a repensar o conceito a partir de um olhar ampliado, em especial para as representações que a mesma poderia suscitar no campo das artes visuais. Cabe enfatizar que as representações visuais que foram recortadas para análise estão relacionadas com três artistas específicos: Ulrich Molitor, Márcia X e Ana Mendieta. O objetivo do recorte refletiu tanto a especificidade do conceito da Bruxa, como também, desencadeou questionamentos sobre o “papel” direcionado à mulher na sociedade em que vivemos a partir de determinadas representações visuais.  Metodologia:  O processo de pesquisa aconteceu mediante a leitura e reflexão dos livros “História da Feiura” de Umberto Eco (2007), “O martelo das feiticeiras” de Heinrich Kramer e James Sprenger (2015), “O Encantamento da Bruxa” de Eliana Calado (2005), entre outros. Assim como, a realização de pesquisa bibliográfica e documental referente aos artistas tratados, com o objetivo de coletar dados teóricos e imagens que permitiram uma compreensão acerca do projeto. Nesse sentido, foi contemplado também o processo de leitura de imagens que estivessem relacionadas com o conceito da Bruxa, permitindo ampliar o seu sentido e significado. A revisão de literatura também  contemplou pesquisas interdisciplinares, abrangendo o livro “Totem e Tabu” de Sigmund Freud (2014), a pesquisa sobre “Feminilidade, grotesco e maldição” de Ana Lúcia Pitta (2014), o artigo “Construção identitária na arte” de Débora Armelin Ferreira (2016) e os escritos encontrados no sitio eletrônico vinculado à artista Márcia X. Desse modo, o ferramental metodológico propiciou o estudo sobre o arquétipo da bruxa, assim como, a análise de determinadas representações visuais no contexto da produção artística.   Resultados:  Por meio das leituras realizadas durante o desenvolvimento da pesquisa, foi possível considerar determinadas representações visuais como elemento relevante na ampliação das reflexões acerca do conceito da Bruxa, sobretudo, a partir dos aspectos históricos, grotescos, lúdicos e ancestrais que circundam tal conceituação. Além disso, a pesquisa possibilitou um aprofundamento acerca das questões míticas sobre a Bruxa, seus estereótipos e concepções contemporâneas.    Conclusão:  Esta pesquisa possibilitou a ampliação e percepção do conceito da Bruxa, especialmente, em relação com determinadas representações presentes no contexto das artes visuais. Tal experiência contribuiu também para pensar na identidade feminina sob o viés da contemporaneidade, considerando ainda o repertório ancestral, místico e histórico que envolveu a investigação.