Última alteração: 2017-12-06
Resumo
Orientador/a: FRANCISCO ANTONIO COELHO JUNIOR
Colaboradores: Débora de Paula Alves e Gepaco (Grupo de Pesquisas e Estudos sobre Variáveis do Comportamento Organizacional).
INTRODUÇÃO
Atitudes sociais vêem explicado importante variabilidade de intenções comportamentais (RODRIGUES, JABLONSKI, ASSMAR, 2000). Quando as atitudes são positivas, provavelmente o indivíduo, em contato com o objetivo, empreenderá comportamentos favoráveis. Assim sendo, e trazendo como foco o contexto político brasileiro, o objetivo do presente trabalho consistiu em identificar e analisar as características pessoais, profissionais, competências de gestão, atitudes sociais e percepção de efetividade de políticas públicas na área de segurança e saúde, junto a 11 docentes dos Departamentos de Gestão de Políticas Públicas e Administração, da Universidade de Brasília. É relevante avaliar as opiniões de Docentes que, invariavelmente, até mesmo pelo conteúdo de suas pesquisas e disciplinas em sala de aula, expressam atitudes sociais perante as políticas públicas (aqui, com foco nas políticas de saúde e segurança).
METODOLOGIA
Utilizou-se a abordagem qualitativa. Por meio de revisão bibliográfica foram identificadas categorias a priori, relativas a atitudes sociais perante as políticas pública em geral, e relativas às políticas públicas de saúde e segurança em específico. O roteiro com as questões semi-estruturadas fora validado com o professor Orientador da pesquisa, e integrantes do Grupo de Pesquisa ‘Gepaco’. As entrevistas aconteceram presencialmente, e foram conduzidas com o objetivo de identificar as atitudes, conhecimentos, percepções e efetividades das políticas públicas de maneira geral, procurando abordar temas recorrentes à segurança e saúde. Realizou-se 11 entrevistas presenciais, previamente agendadas, a qual, com a previa autorização dos docentes, foi gravada e posteriormente transcritas e submetidas à análise de conteúdo categorial. Quanto ao perfil dos 11 participantes, 36% eram do sexo feminino e 64% do sexo masculino, 54,5% dos docentes entrevistados eram do departamento de Gestão de Políti
RESULTADOS
As quatro grandes categorias de resposta mapeadas foram grau de conhecimento sobre política, afetos despertados e intenções comportamentais perante a efetividade das políticas públicas. A grande maioria dos entrevistados relatou passar por um momento de reflexão em relação ao atual momento turbulento brasileiro. As atitudes ainda estão negativas, mas prospectando-se um cenário de melhora. Houve divergências nas opiniões sobre qual é, exatamente, o papel do Estado. A maioria dos participantes acredita que a população está se comprometendo mais no que se diz respeito à participação cidadã. Relacionado às políticas de saúde, houve grande comparação com os sistemas internacionais de saúde. Os participantes consideraram que, apesar da falta de estrutura, é uma boa política de Estado, principalmente pelo fato de ter acesso gratuito e sem distinções. Já em relação a segurança foi citado o caos que se encontra a situação do país, principalmente no que se diz respeito à sensação de insegurança.
CONCLUSÃO
A política tem um papel fundamental no dia-a-dia. Ela é um elemento intrínseco em todo meio social. É por meio da política que se alcança cidadania. As políticas de saúde e segurança precisam ser mais efetivas, considerando a realidade social especialmente das classes menos favorecidas social e economicamente. Como limitações desta pesquisa, ressalta-se o pouco número de professores entrevistados. Novas pesquisas, especialmente as de recorte longitudinal, precisam ser desenvolvidas, incorporando contribuições teóricas advindas de distintos campos de saber, como a ciência política, ética e cognição social. Ainda como agenda, recomenda-se pesquisar variáveis relativas à participação/controle social e impacto de políticas públicas em relação ao resultado esperado das mesmas quando do seu planejamento (pré e pós-teste).