Introdução: Autoconfiança é um sentimento que impulsiona o processo de tomada de decisões, fundamenta-se em fatores intrínsecos, extrínsecos individuais e ainda em convicções  que evidenciam a capacidade do indivíduo  de realizar algo . Objetivo: Avaliar o efeito da simulação realística no ganho de autoconfiança dos profissionais de saúde em suporte avançado de vida em cardiologia. Método: Estudo quase experimental não equivalente com pré e pós-teste, desenvolvido em um serviço de atendimento móvel de urgência e em um Hospital militar do Distrito Federal. Amostra composta de 191 profissionais técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos. A coleta de dados ocorreu a partir da aplicação da escala self-confidence pré e pós atividade simulada, além do teste de conhecimento. Foi realizada análise descritiva e inferencial dos dados. Considerou-se significativo o resultado com p≤0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília conforme exigência da Resolução 466/2012 com CAAE: 01597218.4.0000.0030. Resultados: Dos 191 participantes, a média de idade foi de 35±8 anos, 74,9% do sexo feminino. 35,6% dos profissionais se formaram em IES privada. Havia 61,8% enfermeiros, 28,3% médicos, 6,3% técnicos de enfermagem. 72,8% dos profissionais tem história de atuação pregressa em urgência e emergência. No contexto geral, os resultados mostraram que o treinamento mediado pela estratégia de simulação pode fornecer à equipe multiprofissional impacto significativo no ganho de satisfação e autoconfiança (p<0,001), além de repercussão positiva no ganho de conhecimento (<0,001). Conclusão: O desenvolvimento de uma maior autoconfiança associado ao ganho de conhecimento técnico científico, estimula e facilita o manejo de situações críticas conferindo segurança na gestão de situações de risco em práticas profissionais colaborativas.

Descritores: Simulação; Autoconfiança; Satisfação; Equipe interprofissional de saúde.